Questões aula 31 - Subcontinente Indiano e Ásia Central

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A minoria étnica Rohingya vive na porção sul da Ásia, principalmente nos territórios da Índia, Mianmar e Bangladesh, sendo composta predominantemente por seguidores do Islamismo (muçulmanos) que nos últimos anos tem sofrido intensa perseguição da população de Mianmar, onde a religião predominante é o Budismo.

O massacre dos Rohingyas nesse país, que internacionalmente é visto como o maior processo de “limpeza étnica” do mundo atualmente já forçou a migração de mais de meio milhão de pessoas dessa minoria em direção principalmente ao território de Bangladesh, o que tem causado ainda mais problemas sociais para esse país, que já apresenta nível muito baixo de qualidade de vida para sua população nacional. Desse modo, a situação dos Rohingyas cria um impasse regional, uma vez que por um lado se tem o massacre acontecendo em Mianmar e por outro o governo de Bangladesh busca meios de frear o intenso fluxo migratório em direção ao país.

Alheia a tudo isso, a Organização das Nações Unidas - ONU e as potências mundiais observam passivamente o massacre da população sem tomar de fato nenhuma decisão importante que contenha a violência ou solucione o problema.

A alternativa A está correta: o conflito étnico-religioso de Mianmar foi uma ofensiva de uma parte da população do país, de maioria budista, contra os Rohingyas, seguidores do islamismo que vivem na região oeste do país. Essa minoria étnica, ao ser perseguida por budistas, que detêm o poder político em Mianmar, se deslocou predominantemente para Bangladesh, país vizinho.

A alternativa B está errada porque os Rohingyas não são católicos e a população de Mianmar não é predominantemente hindu, mas budista.

A alternativa C está incorreta porque não houve deslocamento para a Tailândia, que se localiza na fronteira leste de Mianmar, distante da região onde vivem os Rohingyas. Além disso, os Rohingyas não são católicos e a população de Mianmar não é predominantemente muçulmana.

A alternativa D está errada porque os Rohingyas não fizeram deslocamentos significativos para a China e não são seguidores do hinduísmo, mas do islamismo.

Comentário:

Os excertos evidenciam que o conhecimento sobre os aspectos espaciais é essencial para transitar por regiões quaisquer e articular-se a respeito destas. E é esta necessidade primordial que deu origem à ciência geográfica.

a) incorreta. Esta alternativa não corresponde à lógica apresentada pelos excertos, pois a abertura de vias terrestres cria maior fluidez e acessibilidade em um território e os textos pressupõem que um dos trunfos em uma guerra é contar com as dificuldades impostas ao inimigo invasor pelo conhecimento específico do território.

b) incorreta. Não há nos textos menção à destruição ou manutenção ambiental, mas sim à utilização dos aspectos naturais em contexto de guerra e conflitos.

c) incorreta. Mesmo utilizando armamentos sofisticados, o conhecimento de um espaço geográfico montanhoso e de difícil acesso é uma grande vantagem ao povo invadido.

d) incorreta. Os textos não trazem a intimidação como tema, e sim a força que tem em suas mãos aquele que conhece perfeitamente um território inóspito.

e) correta. Os textos indicam que um dos trunfos em uma guerra vantagem aqueles que conhecem perfeitamente um território inóspito.

Comentário:

A Índia é um dos países nos quais se encontram os maiores contrastes socioeconômicos do mundo. Ao

mesmo tempo em que há grande número de analfabetos, o país possui um dos maiores contingentes de pessoas com título de doutorado no planeta, fruto da qualidade do seu sistema universitário, acessível a uma parcela relativamente pequena da população.

Esse cenário faz da Índia uma das nações mais expressivas com relação a migração de alta qualificação, denominada “fuga de cérebros”.

Esse tipo de movimento populacional pode ser avaliado por meio de duas perspectivas principais. De um lado, o efeito negativo, resultante da perda de quadros altamente qualificados, cuja formação deve-se aos investimentos públicos nas universidades, crítica apontada no texto. Por outro lado, o grande número de trabalhadores qualificados trabalhando em países de alta remuneração, como os Estados Unidos, oportuniza a expressiva remessa mensal de dólares para a terra natal.

Esse montante constitui fonte relevante de reservas em moeda forte para a Índia, contribuindo positivamente para a contabilidade externa do país. Resposta B.

Comentário:

A situação que se apresenta leva a confiar ao governo a situação de sacrifício a que a população se propõe enfrentar, no caso, as agruras de uma guerra, abandonando o próprio interesse. Não se pensa, em termos simétricos, como seriam os efeitos do mesmo apelo patriótico no lado oposto do conflito.

a) Incorreta. O texto não faz nenhuma referência à diplomacia, a qual atenuaria as relações conflituosas do "choque de civilizações".

b) Correta. O princípio da alteridade refere-se à condição do que é do outro, do diferente. No texto apresentado, fala-se da aceitação do que é "igual" - a menina americana que está preparada para lidar com o possível sacrifício de seu pai pelo país - mas a dificuldade da aceitação da mesma situação quando colocada no "outro" - uma possível menina árabe maometana que falasse a mesma coisa sobre o pai que lutava pelo Talibã. Assim, podemos entender que a situação descrita explicita justamente o desafio de aceitar o ponto de vista do outro, ou seja, o desafio de exercer a alteridade.

c) Incorreta. O texto não faz qualquer referência à expansão da democracia.

d) Incorreta. No mundo contemporâneo, não se pode dizer que há um esforço pela universalização do progresso. Ao contrário, o sistema capitalista globalizado é fortemente excludente.

e) Incorreta. Autodeterminação é o princípio que garante ao povo de um país o direito de se autogovernar. O texto faz referência a diferentes entendimentos sobre um mesmo fato: uma filha que aceita o sacrifício de seu pai pelo país. Não há menção à conquista da autodeterminação no texto.

Comentário:

A maior população do mundo está na China 1,357 bilhões. A Índia está em segundo lugar com 1,252 bilhões (em 2013). A população desses países somada com a de outros da Ásia explica o primeiro texto.

a) Incorreta. Historicamente, o liberalismo político é uma tentativa de contraposição ao absolutismo, em uma tentativa de limitar a ação do Estado, garantindo os direitos individuais e civis. A tentativa de aplicação desses conceitos para a organização política dos BRICS está historicamente deslocada.

b) Incorreta. Podemos associar o pensamento social democrata a uma ideologia de centro esquerda que entende o capitalismo como meio de levar o desenvolvimento econômico e social pleno às sociedades, desenvolvendo políticas de governo que através de intervenções diretas garantam qualidade de vida à sociedade. Através deste modelo de gerência estatal tenta-se chegar a um estado de bem estar social pleno. Sabendo isto podemos perceber que os poises ressaltados no mapa não são bons modelos de social democracia, em especial a China, onde há diversas denúncias por violações aos direitos democráticos.

c) Correta. Os poises destacados no mapa são os BRICS (acrónimo para se referir ao grupo de poises formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), países emergentes corri maior potencial de crescimento econômico na atualidade. O termo foi cunhado em 2001 pelo economista Jim O ‘Neil (ainda sem a inclusão da África do Sul, anexada apenas em 2009) e desde 2009 vem se configurando como um fórum de discussões com vista a alimentar um intercâmbio multilateral de economias e comércio.

d) Incorreta. Integrar povos não é o objetivo dos BRICs, mas sim o de criar um diálogo econômico comercial entre as economias emergentes do sistema capitalista. Vale ainda lembrar que a China não é um país com regime político democrático, o que dificultaria muito aos BRICs promoverem a integração representativa dos diversos povos integrantes de seus territórios.

e) Incorreta. Os BRICs se impõem como uma voz dissonante a voz do sistema capitalismo proposto pelos países centrais aos demais pises do planeta. De forma muito genérica o conceito sistema-mundo pressupõe a rede de relações econômicas e políticas que englobam os países do planeta em um espaço econômico e geopolítico mundializado. Os países que compõem os BRICS não se colocam contrários a isto, mas apenas querem ter mais peso político nas negociações políticas e económicos globais.